PESAR - JUDICIÁRIO PERDE FRANCIS SELWYN DAVIS, GRANDE NOME DA MAGISTRATURA PAULISTA

Justamente no "Dia dos Pais' , foi sepultado hoje (11) o desembargador Francis Selwyn Davis, no Cemitério da Consolação, em São Paulo.
Aos 89 anos, Francis Selwyn Davis - assim todos a ele se referiam - foi eleito presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo em 15 de dezembro de 1993 e foi o mais lembrado e citado presidente que o Judiciário paulista já teve. Ele faleceu na manhã de ontem e foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo.

A Presidência do Tribunal de Justiça, o quadro de magistrados e os servidores do Judiciário unem-se, neste momento, aos sentimentos dos familiares, amigos e integrantes da Magistratura com os agradecimentos ao magistrado pelo muito fez em prol do Poder Judiciário de São Paulo.

Francis Selwyn Davis - Paulistano, o filho de Archibald James George Davis e Idália Davis, nasceu em 17 de abril de 1924. Tornou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo - USP (turma de 1947) e, em 1955, tornou-se "Master of Laws" em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Nova York.
Ingressou na Magistratura em 1949. Foi juiz substituto na 9ª Secção Judiciária, com sede em Ribeirão Preto; promoveu-se para a 1º entrância, na Comarca de Pompéia, em 1950; chegou à 2ª, na Comarca de Itapira, em 1954; na 3ª entrância na Comarca de São João da Boa Vista, em 1955, e foi removido para a Vara Auxiliar de Menores da Comarca de São Paulo, em 1956. Na 4ª entrância esteve na 22ª Vara Criminal
da Comarca da Capital, em 1958, e foi depois na 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Nacional da Comarca da Capital, em 1960.
Como juiz substituto de 2ª instância, começou no ano de 1964. Em 1967 tomou posse como juiz do Tribunal de Alçada Criminal. Chegou à Vice-Presidência em 1979 e à Presidência do TACrim para o biênio 1980/1981 . Permaneceu até fevereiro de 1980. Nesse início de ano tomou posse como desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, promovido pelo critério de antiguidade. Foi eleito presidente do TJSP,
em sessão plenária de 15 de dezembro de 1993 e tomou posse em fevereiro do ano seguinte.
Muitas foram também suas atividades jurídicas e culturais.

Foi professor da Cadeira de "Sociologia Educacional", do ensino oficial do Estado;
professor da Academia de Policia de São Paulo; professor assistente da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica - PUC; professor da Faculdade de Direito da Universidade do Mackenzie; professor de Direito das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU); vicepresidente da Associação Paulista dos Magistrados (biênio 1974/1975); presidente da Associação Paulista dos Magistrados (biênios 1982/1983,
1984/1985 e 1990/1991); integrante do Conselho Internacional de Juristas de Haia e integrante da Comissão de Acompanhamento e de Assessoramento dos Trabalhos Constituintes.

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